Sobre a transformação em UDI: Reitor ausculta ideias de investigadores da UEM
O Reitor da UEM, Prof. Doutor Manuel Guilherme Júnior, afirmou que a reforma curricular em curso dá devida atenção à iniciação científica, apelando aos investigadores que continuem a contribuir em ideias e sugestões relevantes para o processo de transformação desta instituição em Universidade de Investigação (UdI).
O dirigente falava esta Terça-feira, na Reitoria, num encontro que manteve com estudantes, investigadores e representantes do Corpo Técnico Administrativo, no âmbito do diálogo permanente com a comunidade universitária, em cumprimento do seu programa de governação.
Explicou que um dos grandes desafios despoletado pelo processo de transformação tem a ver com a melhoria da eficiência e eficácia administrativa, financeira e académica para permitir a maximização no uso dos recursos que a universidade tem neste momento.
“Uma das questões aqui levantadas tem a ver com a iniciação científica e este trabalho está contemplado na reforma curricular. “Mais do que a iniciação científica, a questão das disciplinas transversais merece atenção, pois devemos ser capazes de formar moçambicanos com a identidade própria da Universidade Eduardo Mondlane”, alertou o Reitor, acrescentando que a UEM tem igualmente a responsabilidade de ser braço executivo do Governo na investigação.
Na ocasião, os investigadores apresentaram as suas preocupações, com destaque para a necessidade de se privilegiar os profissionais que abraçam a carreira de investigador, de igual modo que se faz com os docentes, a falta de fundo de investigação e de recursos materiais necessários para um ambiente académico favorável para a execução de trabalhos de investigação científica.
“A carreira de investigador é a menos privilegiada, numa instituição que está em transformação para Universidade de Investigação, o que parece ser um pouco contraditório. Deve-se prestar atenção a esta questão”, sugeriu o docente e investigador Alfredo Maposse.
A mesma ideia foi sustentada pelo investigador Francisco Tchonga, que sugeriu a criação de um fundo para iniciativas de investigação na UEM, estimulando, assim, mais trabalhos que possam contribuir não só para o crescimento da Universidade como também para o desenvolvimento do país.
Por sua vez, os representantes da Associação dos Estudantes da UEM (AEU) agradeceram a notória melhoria na qualidade das refeições, entretanto, manifestaram preocupação com a falta de salas de estudo nas residências, falta de cadeiras e mesas nos quartos para efeitos de estudo e roubos nas residências.
Em resposta, o Reitor, acompanhado pelos directores das unidades centrais e assessores, prometeu encetar esforços no sentido de criar condições que garantam uma boa qualidade de formação. “Esse é nosso dever, criar condições para a vossa formação”, disse.
Por seu turno os representantes do Corpo Técnico Administrativo apelaram à melhoria dos recursos humanos e materiais como uma das prioridades a ter em conta neste processo de transformação, destacando a necessidade de formação e capacitação dos funcionários e alocação de novas viaturas para responder à crescente demanda.