Investigador defende a produção do gás sem gerar poluentes
Investigador da Universidade Federal da Santa Catarina, Dr. Humberto Gracher, defendeu a necessidade de se produzir o gás hidrogénio sem gerar poluentes, explicando que os actuais métodos comerciais de produção deste recurso natural geram poluentes.
O pesquisador defendeu esta tese, nesta Quarta-feira, durante uma teleconferência, realizada pelo Centro Regional de Excelência em Estudos de Engenharia e Tecnologia de Petróleo e Gás da UEM (CS-OGET), no âmbito da XII Conferência Científica.
Referiu que uma pesquisa desenvolvida no Brasil mostra a possibilidade de produzir o gás hidrogénio sem comprometer o meio ambiente, utilizando uma tocha de plasma, com argónio como gás de trabalho e injetando o gás natural na saída do jato de plasma, com o intuito de fazer a pirolise deste recurso natural.
“Um processo alternativo para a produção do gás hidrogénio é a pirólise do gás natural, com o recurso às fontes plasmas, sendo que a grande vantagem deste processo é de não emitir gases poluentes. Pirólise do metano corresponde à rotura das ligações dessa molécula pelo calor (decomposição térmica), gerando hidrogénio e carbono”, explicou.
Destacou que, uma série de estudos sobre o uso do gás hidrogénio como combustível alternativo vem sendo analisado em quase todo o mundo, criando uma certa expectativa sobre o seu futuro.
Por sua vez, o Director-adjunto do CS-OGET, Eng. António José Cumbana, fez referência à importância da tese defendida pelo pesquisador brasileiro, explicando que, no contexto moçambicano, com a descoberta do gás natural, há uma tendência de mudança de paradigma, isto é, optar por uma exploração de recursos sem agravar o problema de mudanças climáticas